Desempenho de 2014 ficou abaixo do ano anterior, devido à sazonalidade dos projectos. Este ano, a “cautela” vai imperar.
A brasileira Prado Valladares registou em 2014, face ao ano anterior, um desempenho inferior na facturação em Angola, revela ao Expansão o seu director-geral, Ricardo Prado Valladares, sem adiantar valores.
A quebra, explica, deveu-se à “sazonalidade dos projectos”, mas, este ano, será lançada “a maior parte dos contratos” que estava em maturação em 2014. “Não há dúvidas de que o ano que se inicia e o cenário macroeconómico do País tiveram forte impacto nas expectativas tanto do mercado como na velocidade de arranque do nosso planeamento interno”, diz o gestor, sublinhando que o ambiente de negócios em Angola “está mais cauteloso e avesso a riscos”.
Ricardo Valladares afirma que a empresa detectou “oportunidades importantes, pois um dos refúgios mais seguros e prudentes em momentos de incerteza é aplicar lastros em património”. O director-geral da Prado Valladares reconhece que a empresa não está “imune à oscilação e à actual quebra das expectativas”.
Para fazer face a este momento menos expansionista, a empresa adoptou medidas para reavaliar os seus custos, procurando maximizar “a performance dos sectores e cortar despesas sem impacto directo em produtividade”.
O panorama de maior cautela leva a empresa a prever um start-up dos projectos apenas com “riscos mais estudados e com projecções mais conservadoras”. Mas garante: “Os cortes no nosso património humano ainda permanecem pontuais e sem grande impacto no quadro geral”.
O empresário lembra que a Prado Valladares já passou, nos seus quase 25 anos de permanência em Angola, por “outros momentos de incerteza”, o que não impede o reforço dos seus compromissos com o mercado.
Prémio da AEBRAN
Em Fevereiro, recorde-se, a Prado Valladares foi distinguida com o prémio da Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN) na categoria de Negócio de Alto Impacto, pelo trabalho desenvolvido em Angola em 2013, de acordo com um comunicado da companhia. Entretanto, a empresa lançou uma unidade de logística.
A expansão para esta área de negócio acompanha a tendência mundial de terceirização de processos operacionais e formas de reduzir os custos das operações de importação em Angola. Com uma posição relevante nas áreas de arquitectura, urbanismo e promoção, imobiliária, a empresa está há 18 anos em Angola.
Fonte: Jornal Expansao